Mudaram as estações, nada mudou...
Despedidas: Ô coisa desconfortável de se passar. Ainda mais quando se vive há mais de 20 anos na minha querida e agora ex-vizinhança. E acredito que este está sendo o post mais difícil de se escrever.
Essa dificuldade é dada pelo fato de que eu não quero pensar nessa parte difícil das nossas escolhas; é um novo passo a ser dado, mas ao mesmo tempo é tão ruim se desfazer daquelas coisas que gostamos, da minha folga com meus vizinhos... E eu vou sentir muitas saudades de todos.
Eu sei, eu sei. A amizade permanece! Todos nós nos veremos, os passeios, cinemas, bebedeiras permanecem. Mas sei que umas coisas vão embora e não voltam mais:
- Pedir arroz cozido para a tia Tonha, comer torta alemã feita pelas irmãs do Ismael, roubar uma coca-cola e uns din-dins (tradução: geladinho, sacolé);
- Perder os brincos da Eline, encher o pote de uísque e não se preocupar em voltar para casa dirigindo, afinal de contas, somos vizinhas.
- Esperar os amigos entrarem em casa os vendo pelo portão da minha;
- Conversar pelo msn com estes meus melhores amigos e quando cansada de teclar pedia para virem em na minha casa e a gente ficava escorado nos sofás conversando, conversando.... Até altas horas;
- Aquela piadinha “meninos: vocês têm que ir porque o seu último ônibus já vai passar”, não tem graça mais;
- Receber visitas dos meus amigos de pijama...
Não quero me prolongar mais. Senão eu vou chorar. E ontem, ao me despedir da Loira foi tão difícil... Como será então amanhã quando a mudança de fato acontecer? Eu queria pular esse dia. Mas ao mesmo tempo quero encarar a realidade. Assim a gente consegue aceitá-la mais rapidamente.
Eu só tenho mesmo é que agradecer a Deus por sempre colocar pessoas maravilhosas na minha vida!
Obrigada por existirem!
Lorão e Ismanoel: Amo vocês!
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